A Intel jogou um balde de água fria na cabeça do hype do metaverso, afirmando que as ambições dos criadores de mundo virtuais ultrapassam a capacidade computacional das máquinas atuais, a empresa conhecida pelos seus processadores — portanto, com propriedade para falar sobre capacidade computacional — enxerga o metaverso com um certo ceticismo.. Pablo Nogueira – Hardware
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A Intel postou um editorial escrito por Raja Koduri, vice-presidente sênior da Intel, afirmando que “o metaverso pode ser a próxima grande plataforma, em termos de computação, após a internet e os smartphones”.
A infraestrutura computacional, de rede e de armazenamento, não é “suficiente” para possibilitar as expectativas do metaverso, e afirmou que não estamos nem perto de chegar ao nível de capacidade computacional para habilitar o metaverso.
“Precisamos de várias ordens de magnitude de capacidade de computação mais poderosa, acessível em latências muito mais baixas em uma infinidade de fatores de forma de dispositivo.” (Raja Koduri, vice-presidente sênior e chefe do Grupo de Sistemas e Gráficos de Computação Acelerada da Intel). Hemerson Brandão – Gizmodo
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Além da evolução de hardware, avanços em transistores, empacotamento, memória e interconexão, a Intel comenta que, para tornar o metaverso funcional, também há a necessidade de criar novos algoritmos e arquiteturas de softwares.
Um dos principais gargalos é que os usuários precisarão investir pesadamente em óculos de realidade virtual e aumentada, assim como luvas de capturas de movimento. Isso sem falar nas outras tecnologias que ainda serão desenvolvidas para viabilizar o acesso ao metaverso.
Vale lembrar que um dos motivos que o Second Life não vingou num passado recente é que nem todo mundo tinha condição de investir em um bom PC para rodar o jogo. Além disso, a baixa velocidade de conexão na época também era uma limitação.

A conclusão do editorial da Intel sobre o metaverso é positiva. Segundo Koduri, as tecnologias que permitem a criação de mundos virtuais para aumentar o mundo real oferece grandes possibilidades.
“Acreditamos que o sonho de fornecer um petaflop de poder de computação e um petabyte de dados a um milissegundo de cada ser humano no planeta está ao nosso alcance.” (Raja Koduri)