Arcade City é um aplicativo de caronas (tipo o Uber) que “usa blockchain”, por isso trabalha “sem intermediários” (empresa centralizadora ou governo). Martin Mayer

Christopher David, o fundador da empresa, é um desenvolvedor, que em 2015 decidiu dirigir pro Uber porque queria ver de perto o que era a tal da “sharing economy” que tanta gente falava. Na época, ele tava trabalhando na cidade de Portsmouth, New Hampshire.
O fim de 2015 chegou, começaram as tretas pela regulamentação e os tendéus com taxistas. Sem motoristas disponíveis na cidade, Chris viu uma oportunidade e criou o site chamado arcade.city, onde oferecia caronas por gorjeta só.
A criação da startup começa após a população de Austin, no Texas, negar através de um referendo leis mais brandas a empresas de transporte como Uber e Lyft, em 2015. Desde então, por conta da intensa legislação, as duas empresas deixaram de atuar na cidade. Gustavo Souza – Carro Elétrico
Dessa forma, os motoristas criam cada um a sua própria “empresa” de transportes, decidindo a tarifa que querem cobrar e o tipo de serviço que querem fazer. Isso significa que ao invés de impor restrições, o Arcade City oferece sua plataforma para que os motoristas possam ser empreendedores.
O Arcade City oferece aos clientes duas maneiras de realizar o pagamento das corridas:
- Peer-to-peer: pagamento realizado presencialmente na hora da corrida. Pode ser feito em cédulas ou cartão de crédito.
- Gamificado: pagamento através do próprio aplicativo, podendo utilizar cartão de crédito, ou criptomoedas.
A polícia do Texas está tentando fazer com o que o Arcade City seja proibido, alegando que o serviço de transporte não é regulamentado pelo governo.
Outra alegação diz que o aplicativo está operando ilegalmente, pois não tem a documentação necessária para seu funcionamento.
Assim como ainda ocorre com o Uber, também acontecerá com o Arcade City: cada vez mais o Estado tentará suprimir esse serviço e colocar impostos e mais impostos para que também possa lucrar.
O diferencial do Arcade City, de acordo com o próprio fundador, é a capacidade de construir estruturas sociais que permitam e estejam acostumadas a funcionar com sistema 100% peer-to-peer.
O blockchain é uma tecnologia que visa proteger transações financeiras e de dados com criptomoedas. Além disso, o blockchain permite que essas transações sejam descentralizadas. Dessa forma, nenhuma instituição monetária pode controlar a moeda e as transações feitas com ela.
Basicamente, eles criaram um token que vai funcionar quase como “a moeda do aplicativo”. A ideia é que algumas funcionalidades do app só funcionem com esses tokens — que foram todos criados com a mesma tecnologia e segurança da Ethereum, terceira criptomoeda em volume de circulação no mundo.
Baseada no Ethereum, o Arcade City criou seu “dinheiro virtual” através de um ICO (Initial Coin Offering), em palavras simples, um ICO é um financiamento coletivo em que projetos são apresentados e financiados através da compra de criptomoedas.
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