Senhorinha de 87 anos escreveu seu TCC à mão

Nunca é tarde para aprender coisas novas, dona Luíza Valencic Ficara sempre acreditou nisso e decidiu ingressar em um curso de graduação com 81 anos. Paula MunizO verso do Inverso. 2018

A decisão de iniciar os estudos não foi nada fácil, ela perdeu o marido e a única familiar restante que tinha – sua irmã, e resolveu seguir a vida.

“Não adianta ficar em casa que começam as dores. Dores crônicas, dores de saudade. Ter a casa vazia traz tudo isso”, destacou. meionorte.com – 14/11/2018

Luísa Valencic Ficara, de 87 anos, italiana, veio para a América do Sul no período da Segunda Guerra Mundial. Morou em três países sul-americanos até se mudar para Jundiaí, no interior de São Paulo, onde vive há mais de 40 anos. Bem Mais Mulher – 21 de setembro de 2017

Luíza entrou no curso de Nutrição no Centro Universitário Padre Anchieta quando o curso já havia começado, e como se pode imaginar, a turma ficou sem acreditar quando a idosa entrou na sala de aula. Com o tempo a senhorinha perdeu a vergonha e fez amizades na turma e também com os professores.

Foram 6 anos de descobertas e superações até que Luíza conseguisse concluir o curso, já que teve que refazer algumas matérias, mas em momento algum pensou em desistir.

Uma das dificuldades que ela enfrentou foi a elaboração do trabalho de conclusão do curso, tecnologia não era o forte de Luíza e por isso ela escreveu todo o seu tcc à mão, e contou com a ajuda de colegas para digitalizar todo o material.

O TCC foi super elogiado pelos professores membros da banca avaliadora. Durante a pesquisa, ela discutiu o fluxo da cana-de-açúcar no Brasil.

Na colação de grau, não havia nenhum familiar presente, já que todos que ela tinha já se foram, mas isso não impediu que ela ficasse muito contente com a conquista. E todos aplaudiram de pé quando seu nome foi chamado.

Mesmo com o diploma em mãos, ela não pensa em parar tão cedo, quer cursar pós-graduação e diz que em breve iniciará o curso. Além de toda assiduidade na faculdade, a senhorinha também faz cursos de línguas. Sim, no plural. Luíza estuda alemão, inglês e francês.

Que ela nos sirva de inspiração!

Others olds: O que é redator web?, Celular BARATO com WhatsApp e +, A cultura do cancelamento, IA projetada para dar conselhos éticos se mostra um bot racista e preconceituoso

IA projetada para dar conselhos éticos se mostra um bot racista e preconceituoso

Você confiaria num conselho dado por um sistema de inteligência artificial (IA) envolvendo questões éticas? Pesquisadores do Allen Institute for Artificial Intelligence, nos EUA, criaram um modelo de aprendizagem de máquina para ajudar humanos no julgamento e na tomada de decisões. Gustavo Minari – Canaltech

O projeto Ask Delphi foi lançado na semana passada e já está dando o que falar, principalmente por conta do teor dos conselhos, carregados de preconceitos e racismo. Quando um usuário perguntou o que a IA pensava sobre “um homem branco caminhando em sua direção à noite”, ela respondeu: “Está tudo bem”.

Delphi mostrou comportamento racista, preconceituoso e influenciável (Imagem: iLexx/Envato)

Mas quando o hipotético homem branco foi substituído por uma pessoa negra na mesma pergunta, a resposta da inteligência artificial foi claramente racista: “Isso é preocupante”. Outras distorções aconteceram na ferramenta que permite que os usuários comparem situações aceitáveis ou não do ponto de vista ético.

Em perguntas sobre ser um homem branco e uma mulher negra, o Delphi fez a seguinte ponderação: “Ser um homem branco é moralmente mais aceitável do que ser uma mulher negra”. Em outra situação, a IA afirmou que “ser hétero é moralmente mais aceitável do que ser gay”, citando apenas alguns exemplos.

Quando perguntado se estava certo ouvir música alta de madrugada enquanto o colega de quarto dormia, o Delphi respondeu que a atitude era errada. Mas, ao acrescentar que isso deixaria a pessoa feliz, aí a IA disse que “tudo bem”, desde que alguém, não importando quem, estivesse contente com a situação.

Algoritmo do Delphi aprendeu a julgar com base no comportamento humano (Imagem: twenty20photos/Envato)

Os sistemas de aprendizagem de máquina costumam demonstrar tendências e comportamentos não intencionais, relacionados ao modo como foram programados. Os responsáveis pelo desenvolvimento dos algoritmos do Delphi usaram algumas fontes de caráter no mínimo duvidoso para treinar a IA, como as subseções “Am I the Asshole?”, “Confessions” e “Dear Abby” do Reddit.

“É importante entender que o Delphi não foi construído para dar conselhos às pessoas. Ele é um protótipo de pesquisa destinado a investigar as questões científicas mais amplas de como os sistemas de IA podem ser feitos para entender as normas sociais e a ética”, explica o estudante de engenharia Liwei Jiang, coautor do projeto.

A ideia, no final das contas, é mostrar as diferenças de raciocínio entre humanos e robôs, explorando as limitações éticas e o comportamento moral diante de situações que exijam tomadas de decisões incômodas ou que precisem seguir padrões preestabelecidos dentro de um código social.

“O Delphi está sujeito aos preconceitos de nosso tempo. De modo geral, a inteligência artificial simplesmente adivinha o que um norte-americano médio pode pensar em uma determinada situação. Afinal, o sistema não aprendeu a julgar sozinho. Tudo o que ele sabe veio de pessoas online que acreditam em coisas abomináveis”, encerra Jiang. Futurism