BUSCAS POR “FASCISMO” BATEM RECORDE NO GOOGLE

As altas temperaturas fizeram as buscas por “ar-condicionado” atingirem um pico sem precedentes no Google, em janeiro de 2015, no Brasil. Nos últimos sete dias, os paulistas foram os que mais pesquisaram pelo termo. São Paulo enfrentou um calor de 36,5ºC na última segunda-feira (19) – a sexta maior temperatura da cidade na história. Diário do Nordeste – 21 de Janeiro de 2015.

Desde que o monitoramento começou a ser feito, em 2004, as buscas por “ar-condicionado” cresceram em quase todos os anos na comparação entre os meses de verão, mas nunca de maneira tão abrupta quanto agora.

As buscas pela palavra no Google começaram a aumentar na semana de 28 de setembro de 2018 e atingiram seu pico em 7 de outubro, primeiro turno da eleição. Nesse dia, o volume de buscas bateu recorde e foi dez vezes superior à média de pesquisas pela palavra desde 2004, quando o Google começou a medir o histórico de consultas. Desde o fim de setembro, a procura pela palavra é superior a “Comunismo”, “Democracia”, “neofascismo”, “Nazismo” e “Socialismo”, de acordo com a ferramenta Google Trends. De 2004 para cá, era o que tinha menor volume de buscas, na comparação com os termos citados acima. Marcella Ramos -piauí. 15 out 2018

Um dos motivos da curiosidade recorde a respeito do termo é o aumento do uso da palavra na mídia e nas redes sociais. Candidato de extrema direita e autor de declarações de incitação à violência em campanha e ao longo de sua trajetória, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, tem sido tratado como “fascista” por opositores, e estudiosos identificam em suas ações táticas do regime autoritário – como o filósofo Jason Stanley, professor da Universidade Yale e autor do How Fascism Works: the Politics of Us and Them. Em entrevista à Folha de S.Paulo, que obteve 6,8 mil interações no Facebook, ele enumerou características de Bolsonaro identificadas com o fascismo. Outros discordam do uso da palavra para caracterizar o presidenciável, como o professor Pablo Ortellado, da Universidade de São Paulo.

Acuriosidade dos brasileiros pelo termo “Fascismo” nunca foi tão grande. As buscas pela palavra no Google começaram a aumentar na semana de 28 de setembro e atingiram seu pico em 7 de outubro, primeiro turno da eleição. Nesse dia, o volume de buscas bateu recorde e foi dez vezes superior à média de pesquisas pela palavra desde 2004, quando o Google começou a medir o histórico de consultas. Desde o fim de setembro, a procura pela palavra é superior a “Comunismo”, “Democracia”, “Nazismo” e “Socialismo”, de acordo com a ferramenta Google Trends.

Entre esses regimes e sistemas políticos – estudados no Brasil a partir do oitavo ano do ensino fundamental – aqueles que, historicamente, despertam mais interesse no Google são “Democracia” e “Socialismo”. Até o pico verificado em 7 de outubro, “Fascismo” não costumava provocar curiosidade. De 2004 para cá, era o que tinha menor volume de buscas, na comparação com os termos citados acima. No dia do primeiro turno, junto com o recorde de buscas pelo termo, o nome do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, se tornou uma das principais pesquisas relacionadas ao regime autoritário. Outras associações ao fascismo mais feitas no Google nesse período são “ditadura militar no Brasil” e “antifascismo”.

Um dos motivos da curiosidade recorde a respeito do termo é o aumento do uso da palavra na mídia e nas redes sociais. Candidato de extrema direita e autor de declarações de incitação à violência em campanha e ao longo de sua trajetória, Bolsonaro tem sido tratado como “fascista” por opositores, e estudiosos identificam em suas ações táticas do regime autoritário – como o filósofo Jason Stanley, professor da Universidade Yale e autor do recém-lançado How Fascism Works: the Politics of Us and Them. Em entrevista à Folha de S.Paulo, que obteve 6,8 mil interações no Facebook, ele enumerou características de Bolsonaro identificadas com o fascismo. Outros discordam do uso da palavra para caracterizar o presidenciável, como o professor Pablo Ortellado, da Universidade de São Paulo. A discussão se reflete no Google, onde “Bolsonaro é fascista?” se tornou uma das pesquisas relacionadas ao regime feitas com maior frequência.

No Facebook, por exemplo, dados obtidos por meio da ferramenta CrowdTangle mostram que a palavra “Fascismo” está em mais de 10 mil posts em páginas abertas na rede social, volume cinco vezes superior aos trinta dias anteriores. A publicação mais popular foi o vídeo postado pela página “Quebrando o Tabu” de um trecho da novela Malhação da Rede Globo, no qual uma professora interpretada pela atriz Camila Morgado dá uma aula sobre o regime, visto mais de 3,5 milhões de vezes. A segunda publicação com maior número de interações sobre o tema também tem função didática, um trecho do filme A Onda, no qual se demonstra o funcionamento do regime autoritário, assistido mais de 2 milhões de vezes.

Uma das buscas no Google relacionadas ao fascismo com o título completo “Sua tia não é fascista, ela está sendo manipulada”, defende uma postura menos combativa de opositores contra o avanço de Bolsonaro. Outra pesquisa relacionada é “Barbie fascista”, um meme que também se tornou viral nos últimos dias por parte de perfis opositores.

No ranking das buscas medido na época no Brasil, “Fascismo” foi procurado mais que o dobro de vezes que “Comunismo”, a segunda ideologia mais buscada nesse mesmo período, aumentando para três vezes. O comunismo também está em evidência durante o debate eleitoral deste ano no Brasil. Uma das pesquisas relacionadas ao termo feitas com maior frequência nos últimos dias foi “Roger Waters Comunista”, depois que o músico do Pink Floyd fez um show no qual chamou Bolsonaro de neofascista e projetou no telão a hashtag da campanha #EleNão. Outra pesquisa relacionada é a busca em combinação com o nome do candidato do PT, Fernando Haddad, rival de Bolsonaro. A busca pelo ensaio “O esquerdismo é a doença infantil do comunismo”, de Lênin, também está em evidência. O interesse foi impulsionado por vídeo que passou a circular nas últimas semanas, em que Ciro Gomes, candidato do PDT no primeiro turno, cita a frase.

As buscas pelas equivalências dos termos em inglês são historicamente mais feitas a respeito de “Democracia” – que, desde 2004, mantém uma média de busca três vezes superior à de “Socialismo”, a segunda ideologia mais procurada nos últimos catorze anos. Nos Estados Unidos, “Fascismo” atingiu o segundo lugar de termo mais buscado em novembro de 2016, quando se deu a disputa que levou Donald Trump à Presidência.

“Democracia”, nos Estados Unidos, só deixou de ser o regime mais buscado em fevereiro de 2016, quando “Socialismo” atingiu um pico, por causa da relação do termo com o então candidato às primárias do Partido Democrata, Bernie Sanders (socialista democrático), que perdeu a vaga para Hillary Clinton, tinha propostas como tornar gratuito o acesso à saúde e às universidades públicas.

A procura por termos ligados à violência doméstica foi destaque nas pesquisas realizadas por brasileiros no Google em 2020, como informa relatório especial da empresa focado no Dia Internacional da Mulher. Um dos dados que chama mais a atenção é a de que as pesquisas relacionadas à combinação de palavras violência doméstica foi recorde, a maior nos últimos 11 anos. MARIE CLAIRE – 08 MAR 2021

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