O VELHO FORD ERA CONTRA O PEDAL DA EMBREAGEM

O primeiro carro antigo Boris Feldman foi um Ford Modelo T de 1926, carro que inaugurou a linha de montagem no mundo e foi produzido de 1908 a 1927 num total de 15.007.033 unidades, com mecânica era muito simples e resistente, verdadeira obra-prima de funcionalidade de Henry Ford. Autoentusiastas – 09/10/2022

No Brasil (foi montado aqui) era chamado “Ford de bigode” ou “Ford de pedal”, e seu grande diferenciador em relação aos outros carros da época era ter um câmbio que parecia ser semiautomático, pois não possuia alavanca de câmbio e nem pedal de embreagem, sem automatismos, as trocas de marchas — duas à frente e uma à ré — exigiam ação do motorista.

Foro: gilmorecarmuseum.org

Foto: gilmorecarmuseum.org

Eram três pedais (foto de acima): à direita (acelerador) era o do freio, o central (freio) era a marcha à ré e o da esquerda (atual embreagem) selecionava a primeira (mantido apertado no fundo), ponto-morto (no meio do curso) e segunda marcha quando não acionado.

O câmbio diferente do que existia nos outros carros, possuia apenas uma engrenagem, chamada epicícíclica (conjunto de engrenagens — anel, três planetárias e solar — permanentemente engatadas). Esse sistema, presente nos câmbios automáticos desde o primeiro em 1939 (Oldsmobile) até hoje, tem a particularidade de, travando um dos elementos, terem-se marchas com suas diferentes relações, até mesmo a ré

No Modelo T esse travamento era feito mecanicamente pelos pedais. O travamento de era mediante cintas que pressionavam o conjunto epicíclico, quando o motorista apertava o pedal esquerdo era como soltar o pedal de embreagem nos carros do século XX e XXI.

Alavanca apenas a do freio de mão, no assoalho e à esquerda do motorista, que servia tanto para acionar o freio de estacionamento, quanto para deixar o câmbio em neutro (para ligar o motor) ou libertar o movimento do pedal esquerdo para selecionar a primeira.

O acelerador não era acionado pelo pé, mas por uma alavanca na coluna, sob o volante, à direita, sendo a da esquerda para avançar a ignição (e retardar para facilitar a partida a manivela). O apelido “Ford de bigode” deriva dessas duas alavancas que pareciam-se realmente com um bigode.

Henry Ford era contra o câmbio manual de engrenagens deslizantes que arranhavam e quebravam dentes, mas entregou os pontos com o sucessor do “T”: o modelo A (1928) tinha caixa de marchas convencional de três machas, com alavanca e pedal de embreagem.

O câmbio automático, apareceu nos EUA em 1939 (corre história de ter sido invenção brasileira, com patente vendida para a GM), e o mercado americano absorvendo a novidade rapidamente, hoje o mercado americano vende mais de 95% de automáticos. Ao contrário do brasileiro, que só recentemente aderiu ao carro sem embreagem.

O torque de dos motores elétricos dispensa as marchas, tão essenciais um dia.

O sistema regenerativo do carro elétrico é tão potente (até a luz de freio acende) que quase o dispensa o pedal do freio, pois ao tirar o pé do acelerador, o “freio” entra em ação. O sistema “one-pedal-drive” permite ao motorista usar quase exclusivamente o pedal do acelerador. O do freio, só em emergências.

Outro comando que está desaparecendo é do freio de estacionamento. Em geral acionado manualmente, em alguns veículos muito antigos pelo pé esquerdo, vem sendo substituido por uma alavanca ou o pedal por um botão no console, que aciona um sistema elétrico, conjugado com o sistema eletrônico do carro e pode ser automático.

Alguns carros-conceito substituem volante e pedais por uma pequena alavanca do tipo “joy stick” que engloba todas estas funções de comando.

Os botõezinhos e teclinhas convencionais vão resistir ao avanço eletrônico, mas o motorista já conta com a tela capacitiva tátil: basta encostar o dedo na tela.

A chave no painel foi substituída pela presencial que fica no bolso e basta apertar um botão para ligar o veículo, chamada de partida assistida, em alguns elétricos, quando o motorista abre a porta, o motor já está energizado, pronto para sair.

E num futuro muito próximo, comando de voz ou IA.

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